06/02/2015 17h30 - Atualizado em 06/02/2015 17h35

Aluna de MS festeja vaga em medicina da USP na 2ª chamada da Fuvest

Brendha Cação já tinha feito matrícula para estudar na Unifesp.
'Acho que passaram uns 30 minutos para eu reagir', conta a jovem.

Gabriela GonçalvesDo G1, em São Paulo

"Acho que passaram uns 30 minutos para eu reagir, levantar e avisar meu tio que eu tinha passado", conta a jovem. (Foto: Arquivo Pessoal/Brendha Cacão)"Acho que passaram uns 30 minutos para eu reagir, levantar e avisar meu tio que eu tinha passado", conta a jovem (Foto: Arquivo Pessoal/Brendha Cacão)

Brendha Cação já tinha se matriculado em medicina na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), quando viu seu nome na segunda chamada de aprovados da Fuvest. Apenas oito vagas do curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP) não foram preenchidas na primeira chamada. Uma delas ficou com Brendha.

Ao todo, a estudante natural de Campo Grande (MS) foi aprovada em cinco vestibulares. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) completam a lista de sua aprovação.

VEJA OS APROVADOS NA SEGUNDA CHAMADA DA FUVEST 2015

 

A Fuvest divulgou a segunda chamada de aprovados nesta sexta-feira (6) com 2.353 nomes. Medicina teve oito convocados para o campus de São Paulo, seis para Ribeirão Preto, e 66 alunos para ocuparem as vagas da Santa Casa (o curso cobra mensalidade).

Veja os convocados no site da Fuvest

Brendha não acreditou que seria convocada para a USP. Mas acreditou que haveria a possibilidade, quando foi aprovada pela Santa Casa. "Eu falei para a minha mãe 'Mãe, eu devo ter ficado perto na de Pinheiros'", conta a jovem, que foi aprovada na primeira fase pela Santa Casa, mas optou por remanejar e disputar sua segunda opção, medicina no campus de São Paulo.

Caiu a ficha
Demorou um pouco para a estudante perceber que tinha sido aprovada na USP. "Acho que passaram uns 30 minutos para eu reagir, levantar e avisar meu tio que eu tinha passado", conta a jovem, que está morando com os parentes provisoriamente.

Brendha se mudou para São José dos Campos, para fazer seis meses de cursinho pré-vestibular. Foi um ano de preparação para prestar os vestibulares. "Eu só podia fazer um ano de cursinho, minha família não tinha como bancar outro, principalmente estando longe de casa", afirma. 

"Eu só podia fazer um ano de cursinho, minha família não tinha como bancar outro, principalmente estando longe de casa", afirma (Foto: Arquivo Pessoal/Brendha Cacão)'Eu só podia fazer um ano de cursinho, minha
família não tinha como bancar outro, principalmente
estando longe de casa', afirma Brenda
(Foto: Arquivo Pessoal/Brendha Cacão)

Tendo pouco tempo para se preparar, Brendha teve que intensificar a rotina de estudos, chegava a estudar 14 horas por dia. "Eu tive a sorte de ter uma família capaz de me oferecer oportunidades boas de estudo e senti que precisava usufruir disso", conta a jovem.

Para se preparar emocionalmente, a estudante apostou em horários de descanso para atividades como caminhada e saída com os amigos. "Eu saía com os amigos, pagávamos viola, violão, tereré, sentávamos na praça e tocávamos", descreve Brendha, que gosta de tocar bateria.

Sistema de vestibulares injusto
Apesar de ter reservado tempo para se distrair, Brendha acredita que o processo do vestibular requer muitos sacríficios. "Eu acho o sistema de vestibulares um pouco desumano e injusto, mas, eu abdiquei de coisas como todos os que passam abdicam", afirma a jovem.

Podendo escolher em qual universidade se matricular, a jovem levou em consideração a produção de pesquisas, oportunidades de intercâmbio e o número de convênios com outras instituições internacionais. "Além disso, tenho e amigos na mesma situação, que estarão morando perto", acrescenta.

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