Os juros do crédito no Brasil já passaram do patamar do proibitivo. Em novembro, as taxas subiram pelo 14º mês seguido, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (10) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). E a tendência, "tendo em vista o cenário econômico atual", é que as taxas voltem a subir nos próximos meses.
Para as pessoas físicas, a taxa média geral alcançou 136,32% ao ano – a maior desde fevereiro de 2009. Em outubro, estava em 132,91%.
No cartão de crédito, os juros já se aproximam de 380% ao ano. No mês passado, a taxa média ficou em 378,76%, ante 368,27% vistos em outubro. A taxa é a maior em quase 20 anos – desde março de 1996, quando estava em 385,86%.
No cheque especial, os juros de 233,56% ao ano são os maiores desde setembro de 1999, quando eram de 241,98%. Em outubro, a taxa estava em 226,39%.
Todas as modalidades de crédito para a pessoa física pesquisadas pela Anefac mostraram alta em novembro. No comércio, os juros passaram de 86,9% para 89,004%. No financiamento de automóveis, a taxa subiu de 30,15% ao ano em outubro para 30,76% em novembro.
Já o empréstimo pessoal ficou mais caro tanto em bancos (de 64,59% para 66,5%) quanto em financeiras (de 149,03% para 151,82%).
Empresas
A Anefac também apontou alta nas taxas de juros cobradas das pessoas jurídicas. Em novembro, a taxa médica ficou em 64,2% ao ano, ante 63,08% em outubro – a maior desde março de 2009.