O dólar ultrapassou o patamar dos R$ 4 e muitos brasileiros precisaram reorganizar seus planos para fazer a viagem de férias caber no orçamento. Quem se antecipou e fechou um pacote com antecedência provavelmente já conseguiu economizar. “Fazer um planejamento com antecedência traz esses benefícios, já que é possível encontrar passagens mais baratas”, afirma o educador financeiro Edward Cláudio Jr.
Mas para aqueles que deixaram para última hora, especialistas garantem que, com planejamento e controle, ainda dá tempo de viajar. O G1 selecionou abaixo algumas dicas para ajudar você a curtir as férias sem se preocupar – muito – com o dinheiro:
Pesquisar custos
Antes de escolher entre a areia da praia ou o sossego do campo, é preciso fazer uma boa pesquisa. Não só para escolher o destino, mas uma pesquisa dos custos com transporte, hospedagem e principalmente com a alimentação irão ajudar no planejamento financeiro da viagem. “Tem que fazer uma análise para ver o que tem disponível no orçamento e se organizar para não gastar o que não puder, como usar todo o 13º, por exemplo”, explica Cláudio Jr.
Caçar desconto
Mesmo em cima da hora, conseguir um bom desconto nas passagens ou no hotel pode não ser impossível.
“Aquelas pessoas que não reservaram nada entram na categoria franco atirador: têm que procurar promoção na madrugada ou desistência de última hora. Destinos nacionais têm passagens mais em conta. Tem também sites que acham passagens mais baratas, mas aí tem que viajar na hora que der”, afirma o professor de finanças da FIAP Marcos Crivelaro.
Edward Cláudio Jr. também lembra que essa é uma boa oportunidade para resgatar as milhas do cartão de crédito, que podem eliminar algumas despesas da viagem.
Trocar A por B
Trocar o avião pelo carro ou o hotel por uma pousada já resulta em uma boa economia para as férias. O ideal é optar pelas opções mais baratas antes e durante a viagem.
“[É preciso] escolher bem local em que se vai ficar hospedado e ver se vale a pena ficar num lugar mais simples, contanto que tenha conforto e atenda o que a família procura. Também planejar quantos dias comer fora e qual o valor máximo que se pode gastar. Dá para combinar com a família de comer por três dias em um lugar bacana, mas nos demais comer em locais mais acessíveis”, aconselha Cláudio Jr.
Quem for para o exterior tem que tomar cuidado com as compras. “A dica é não exagerar no cartão de crédito, ainda mais no exterior, por conta do IOF. Principalmente para quem vai para os Estados Unidos, tem que ser uma viagem de turismo e não de compras. Tem que ser uma viagem de passeio, de conhecer lugares. Curta os locais, mas sem compras”, recomenda Crivelaro.
(Foto: Creative Commons/Daniel Lobo)
Envolver as crianças
Se for tirar férias com toda a família, vai ser preciso explicar para todo mundo que a palavra de ordem é economizar. Inclusive para os pequenos. “Hoje as crianças estão mais atentas e conhecedoras do que anos atrás, então é falar a realidade, que nesse ano vai ter que economizar”, explica Edward Cláudio Jr.
Segundo o educador financeiro, envolver as crianças nas etapas da pré-viagem, como na escolha do destino ou dos passeios que farão nas férias, já vai ajudá-las a entender a dinâmica financeira da viagem. “Também dá para dizer para elas que aquele dinheiro que economizarmos [nestas férias] a gente já começa a guardar para viajar no ano que vem para um lugar que elas escolham”.
Se não der, não deu
Mas se mesmo apertando daqui e dali as contas não fecharem para viajar nas férias, o ideal é não se envolver em dívidas e curtir a própria cidade. “Dá para fazer turismo na própria cidade quando ela está vazia. Têm restaurantes que dá para passar o Natal e o Réveillon, por exemplo. [O ideal é] fazer algo que você fique contente, com sua família e amigos. Talvez você nem teria essa diversão no interior, mas tem em grandes metrópoles, como no Rio, São Paulo e Curitiba”, explica Marcos Crivelaro.
* Sob supervisão de Laura Naime