Marketplace conecta empreendedores da periferia ao público consumidor
Criar pontes, fazer ligações. Esse é o objetivo de um marketplace criado com o objetivo de unir empreendedores da periferia. O shopping center virtual é a vitrine para os produtos e serviços de empresários da economia criativa. Ao mesmo tempo trabalha com a capacitação deles.
Thamata Barbosa mora no Jardim São Luís, bairro da periferia da Zona Sul de São Paulo. A publicitária de formação hoje trabalha como artesã e faz encadernação. Ela vendia seus produtos em feiras e eventos, mas com a pandemia tudo parou.
Foi a internet que fez o negócio girar novamente. Além de usar as redes sociais e aplicativos de mensagem, Thamata abriu uma loja em um marketplace, que hoje representa 50% do faturamento do negócio.
“Depois que eu comecei a utilizar essa plataforma, foi muito impressionante, porque vira e mexe aparece seguidores que eu não sei de onde vieram, que eu não conheci em feira. Então, aumentou o número de views na minha página e o número de curtidas e de seguidores”, comemora.
O marketplace foi criado pela Diane de Oliveira Padial para formar, apoiar e gerar oportunidades para empreendedores da economia criativa que moram nas periferias.
“São as lojas virtuais desse público. Ele se cadastra, tem uma aprovação e aí traz a loja dele pra dentro dessa plataforma. Tem um diferencial que é muito personalizado. Eu falo com ele todos os dias, qualquer necessidade tem uma resposta, se precisar ligar, pode ligar”, explica Diane.
Estudo sobre empreendedorismo na periferia paulistana, realizado pela Quitessa, Empreende Aí, Adesampa e Pipe Social, mostra que o maior problema desse público é a falta de divulgação. Mostra também que apenas 57% adotam novas tecnologias nos negócios - a média brasileira é de 75%.
“Esse empreendedor, muitas vezes, tem que lidar com questões muito básicas. Por exemplo, uma boa internet, o acesso a ter um computador, porque muita gente não tem, é só pelo celular”, afirma Diane.
O objetivo inicial da plataforma era atender empreendedores no Jardim São Luiz, mas com a pandemia, a atuação se expandiu para outras áreas da cidade e Região Metropolitana da cidade. “Tá todo mundo procurando fazer de um jeito, descobrir, se capacitar. Tem necessidade de informação pra conseguir dar conta dessa apresentação dos seus produtos online”, diz a criadora do marketplace.
Hoje, 32 empreendedores estão cadastrados na plataforma e a meta é chegar a 70 até o fim do ano. O marketplace não cobra mensalidade e o faturamento vem de uma taxa de 10% sobre cada venda realizada. Segundo Diane, é muito diferenciado de outras plataformas, onde essa taxa pode chegar a 30% do valor do produto.
A entrega fica por conta dos empreendedores. Além de fazer a divulgação e venda dos produtos e serviços, a plataforma ajuda na criação de uma comunidade. “Tem uma coisa que eu acredito que é: além da comercialização, de realmente se estabelecer como uma rede comunitária”, comemora Thamata.
Com essa ponte virtual com o público consumidor, Thamata espera se fortalecer como empreendedora e deixar pra trás os dias de aperto: “A gente pega ônibus lotado, atravessa a ponte, ônibus cheio, trânsito. A gente demora muito tempo pra chegar, trabalha o dia inteiro numa empresa, volta. Pra quem tem essa vontade de fazer um trabalho, principalmente um trabalho que demanda tempo, eu acho que o caminho é esse mesmo. É uma maneira da gente atravessar a ponte sem precisar pegar ônibus lotado”.
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