Entre janeiro e outubro de 2015 foram criadas no Brasil 1.691.652 novas empresas, o maior número já apurado pelo Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas desde 2010, quando foi criado. O número é 4,6% maior do que o registrado no mesmo período de 2014, quando surgiram no país 1.617.656.
Houve nascimento de 168.664 novas empresas em outubro - queda de 2,7% em relação a setembro, quando 173.405 surgiram, mas o segundo melhor resultado para o 10º mês do ano (o recorde da série para outubro é de 2013, quando 172.547 novas companhias foram criadas). Já na comparação com outubro do ano passado (159.700 novas empresas), houve aumento de 5,6%.
Motivos
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aumento de novas empresas neste ano está puxado pelo surgimento de novos microempreendedores individuais, estimulados tanto pelos incentivos fiscais e menor burocracia associadas a esta natureza jurídica, bem como pela perda de postos formais no mercado de trabalho por causa da recessão econômica, impulsionando trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma, muitos deles como MEI formalmente constituídos, formas alternativas de geração de renda.
Natureza jurídica
Em outubro houve baixa de 2% no número de novos microempreendedores individuais (MEIs): foram 130.816, contra 133.452, em setembro. Também ocorreu queda de 4,2% na criação de empresas individuais em ante setembro. Foram 13.217 companhias criadas neste segmento contra 13.802 no mês anterior.
Da mesma forma, as sociedades limitadas registraram número de nascimento negativo de 5,4%: 15.852 em outubro contra 16.764 em setembro. No último mês de outubro, o nascimento de novas empresas de outras naturezas chegou a 8.779 contra 9.387, em setembro: baixa de 6,5%.
Setores
O setor de serviços continuou sendo o mais procurado por quem quer empreender, com a abertura de 102.343 novas empresas no segmento, o equivalente a 60,7% do total. Em seguida, 51.560 empresas comerciais (30,6% do total) e, no setor industrial, foram abertas 14.263 empresas (8,5% do total).
Nos últimos seis anos, houve crescimento constante na participação das empresas de serviços no total de empresas que nascem no país, passando de 53,0% (janeiro a outubro de 2010) para 61,1% (janeiro a outubro de 2015).
Por outro lado, a participação do setor comercial tem recuado (de 35,6%, de janeiro a outubro de 2010, para 30,4% no mesmo período de 2015). Já a participação das novas empresas industriais se mantém estável.
Localidades
São Paulo foi responsável por 29,1% dos novos empreendimentos, totalizando 49.069 empresas criadas em outubro. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 19.714 nascimentos, 11,7% do total. A terceira posição no ranking nacional de nascimentos ficou com Minas Gerais, que registrou 17.533 novos empreendimentos, 10,4% do total.
Nos 10 primeiros meses, São Paulo ficou em primeiro lugar, responsável pela criação de 27,5% do total de novas empresas, seguido pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 10,8% cada.
O Sudeste liderou em outubro o ranking de nascimento de empresas, com 90.366 novos negócios ou 53,6% do total. O Nordeste ocupou o segundo lugar, com 17,6% (29.663 empresas) e o Sul seguiu em terceiro lugar, com 15,8% de participação e 26.684 novas empresas. O Centro-Oeste registrou a abertura de 14.083 empresas ou 8,3% de participação, seguido pelo Norte, com 7.867 novas empresas ou 4,7% do total de empreendimentos inaugurados em outubro.
Nos 10 primeiros meses, a Região Sul está na frente na comparação, registrando a maior alta no número de nascimentos (5,1%). O Nordeste teve crescimento de 4,9%, enquanto no Sudeste houve alta de 5% e no Norte, de 2,1%. O Centro-Oeste apresentou a menor alta do período entre as regiões, com 2% de aumento.