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Por Marcela Cunha, Alexandro Martello, g1 — Brasília


  • A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira (10) três indicados do governo Lula para a diretoria do Banco Central

  • Nilton David, Izabela Correa e Gilneu Vivan foram indicados pelo presidente em novembro

  • Para poderem assumir a partir de janeiro de 2025, os indicados ainda precisam ser aprovados pelo plenário do Senado

  • Nilton David foi aprovado pela CAE por 22 votos a 5. Izabela Correa, por 24 votos a 3 e Gilneu Vivan, por 23 a 4

  • Antes da votação, eles foram sabatinados pelos senadores da comissão e disseram ter compromisso com o controle da inflação no Brasil

Sabatina de indicados para a diretoria do BC na CAE do Senado — Foto: Marcela Cunha/g1

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (10) três indicações do governo Lula para a diretoria do Banco Central.

Nilton David, Izabela Correa e Gilneu Vivan foram indicados pelo presidente em novembro. Para poderem assumir a partir de janeiro de 2025, os indicados ainda precisam ser aprovados pelo plenário da Casa.

Nilton David foi aprovado pela CAE por 22 votos a 5. Izabela Correa, por 24 votos a 3 e Gilneu Vivan por 23 a 4 (veja os perfis deles aqui).

Antes da votação, eles foram sabatinados pelos senadores da comissão e disseram ter compromisso com o controle da inflação no Brasil.

Os economistas foram aprovados para as seguintes diretorias:

  • Nilton David foi indicado para assumir a Diretoria de Política Monetária do Banco Central, cargo hoje ocupado por Gabriel Galípolo, futuro presidente da autoridade financeira
  • Izabela Correa foi indicada para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta
  • Gilneu Vivan, se aprovado pelo plenário, assumirá o cargo de diretor de Regulação

A diretoria do BC compõe o Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado responsável por fixar a taxa básica de juros da economia e é composta por 9 diretores, sendo um deles, o presidente.

Galípolo, indicado por Lula, assumirá após o fim do mandato do atual presidente do banco, Roberto Campos Neto, indicado pelo governo anterior.

Se os nomes dos três novos diretores forem aprovados, a diretoria do BC terá, ao todo, sete escolhidos por Lula. Os quatro hoje no órgão são: Paulo Picchetti, Rodrigo Alves, Galípolo e Ailton Santos.

A principal atribuição dos diretores do Banco Central é o controle da inflação. No Brasil, vigora o sistema de metas, nas quais o BC tem de mirar. A taxa básica de juros da economia, a Selic, é o principal instrumento utilizado pela instituição.

A aprovação dos novos diretores na comissão acontece no mesmo dia que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para determinar a nova taxa básica do país.

Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano, e a expectativa do mercado é de que a taxa avance para 12% ao ano no fim de 2024 e para 13,50% ao ano no fechamento de 2025.

Com a aprovação da autonomia do Banco Central em 2021, na gestão Bolsonaro, o presidente e diretores do Banco Central passaram a ter mandato fixo. Até o fim deste ano, a diretoria é composta, em sua maioria, ainda por nomes escolhidos por Bolsonaro.

Perfis

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  • Gilneu Francisco Astolfi Vivan

Com quase 30 anos de atuação no Banco Central, Gilneu Francisco Astolfi Vivan atualmente chefia o Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor).

Mestre em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e bacharel pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Vivan desempenhou papéis-chave em áreas sensíveis do sistema financeiro nacional, como o monitoramento de riscos sistêmicos.

No cenário internacional, representou o Brasil em grupos como o Analytical Group on Vulnerabilities, do Financial Stability Board, contribuindo para a análise de ameaças globais ao sistema financeiro.

  • Izabela Moreira Correa

Servidora de carreira do Banco Central desde 2006, Izabela Moreira Correa possui um sólido histórico na administração pública. Atualmente, é Secretária de Integridade Pública na Controladoria-Geral da União (CGU).

Com doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science (LSE), Izabela foi pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Oxford.

Também é mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduada em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro.

  • Nilton José Schneider David

Com carreira no mercado financeiro, Nilton José Schneider David é chefe de Operações Tesouraria do Bradesco, cargo em que atua na gestão de ativos e passivos de uma das maiores instituições financeiras do país.

Engenheiro de Produção pela Universidade de São Paulo (USP), Nilton acumulou experiência em instituições no Brasil e no exterior, reforçando sua capacidade de diálogo com o setor privado.

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