Presidente Lula e Ministro da Fazenda Fernando Haddad. Nesta terça (17) o Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, participa no Palácio do Planalto de reunião para anúncios de novos projetos da ApexBrasil. — Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6), que ainda aguarda aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definir "dois detalhes" dentro da proposta de corte nos gastos públicos.
“A questão é como é que o presidente vai decidir dialogar com as duas Casas [do Congresso]. Mas, da nossa parte, eu quero crer que no final da manhã nós vamos estar com essas questões decididas”, afirmou.
A equipe econômica do governo tem se debruçado nas últimas semanas sobre a agenda de corte de gastos. A expectativa de investidores para esse anúncio tem mexido com o mercado financeiro.
O governo efetuou uma série de reuniões nos últimos dias com ministros para fechar os cortes necessários para manter o arcabouço fiscal — a regra das contas públicas — operante. A expectativa é de que o anúncio das medidas possa ocorrer ainda nesta semana.
Lula deve conversar com cúpula do Congresso sobre corte de gastos, diz Haddad
Lula terá uma nova reunião, na manhã desta quinta (7), com Haddad, Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão) sobre o tema.
Segundo titular da Fazenda, o encontro no Planalto será para alinhar os últimos detalhes, antes do governo apresentar a proposição, em linhas gerais, ao Congresso.
"São dois detalhes que nós temos que discutir. Tivermos com o Ministério do Desenvolvimento Social, com a Previdência, com a Saúde, Educação e Trabalho. Tem duas questões que nós vamos levar para ele [...] é uma arbitragem simples que tem que ser feita, de coisas que também compõem o quadro de medidas, e aí nós estaríamos liberados para proceder com o Congresso e com a imprensa".
Para Haddad, o Congresso não deve pedir ajustes no texto a ser apresentado previamente aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“O Congresso não vai pedir ajuste antes do encaminhamento, até porque o Congresso tem as prerrogativas dele. É só uma questão protocolar, de não ficar sabendo pela imprensa. Então, poder ter uma visão privilegiada da coisa antes de uma coletiva, coisas desse tipo”, disse o ministro.
Questionado se o plano vai estar em linha com o esperado pelo mercado financeiro, Haddad disse que “vai estar em linha com as contas do Tesouro Nacional”.
“Vai estar em linha com o que nós entendemos que é necessário para que a trajetória das finanças públicas continue sendo ajustada”, afirmou.