Ibovespa — Foto: Pexels
Os investidores repercutiram os resultados do varejo no Brasil e seguiram na expectativa pelos dados da inflação brasileira e norte-americana, que serão divulgados ainda esta semana.
O Ibovespa recuou 0,57% nesta quarta, aos 118.409 pontos. Veja mais cotações.
A queda de quase 1% nas ações da Vale — empresa de maior peso na composição do índice — consolidou a sétima sessão consecutiva de queda do Ibovespa. Os papéis da CVC também foram destaque negativo, com um tombo de 7,99% após um resultado trimestral fraco.
Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de 0,24%, aos 119.090 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
- queda de 0,92% na semana;
- recuo de 2,90% no mês;
- ganhos de 7,90% no ano.
No câmbio, o dólar fechou em alta de 0,14%, cotado a R$ 4,9044, no maior patamar em pouco mais de um mês.
O que está mexendo com os mercados?
Depois de um pregão marcado por várias notícias que mexeram com o mercado, nesta quarta-feira o dia foi mais tranquilo.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números de vendas no varejo em junho, que ficaram estáveis frente a maio, mas apresentaram uma alta de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Com o resultado, o comércio varejista do país está 3,3% abaixo do maior patamar já registrado, que foi alcançado em outubro de 2020, momento de uma flexibilização de medidas de isolamento social. Em contrapartida, as vendas estão 3,0% acima do nível registrado antes do início da pandemia de Covid-19.
Já no exterior, o grande destaque fica com os dados de inflação da China. Em julho, a segunda maior economia do mundo teve uma deflação de 0,3% na comparação anual, em linha com as projeções de analistas.
O dado de deflação no país asiático vem apenas um dia depois da divulgação dos números de importação e exportação chineses, que tiveram forte queda em julho. Esse conjunto de dados ajuda a reforçar a visão de que a China está vivendo um momento de desaceleração da atividade econômica - o que pode impactar o mundo todo, já que o país é um dos maiores demandantes de diversos produtos.
Nesta semana também serão divulgados os dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos. Uma inflação mais controlada nos dois países podem sinalizar políticas monetárias menos restritivas, com juros menores.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) já iniciou um ciclo de corte na Selic, taxa básica de juros, na última semana, com uma baixa de 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano. Na ata da reunião, o comitê já indicou que novas reduções da mesma proporção devem ocorrer nos próximos meses.
Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) ainda vislumbra uma tendência de altas nos juros, que hoje estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Um dos dados que vão determinar se as taxas continuam subindo ou não é, justamente, a inflação.