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Por g1


O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, recebe a medalha Tiradentes, maior honraria do Estado do Rio de Janeiro, na Alerj em 12 de dezembro de 2019 — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

O presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, comunicou neste domingo (3) que decidiu recusar a indicação para presidir o Conselho de Administração da Petrobras.

Landim foi indicado ao cargo junto de outros 13 nomes em março, após a saída do almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira do posto. A eleição acontecerá em 13 de abril. Em comunicado, o dirigente alegou que quer se dedicar inteiramente ao Flamengo.

"Apesar do tamanho e da importância da Petrobras para o nosso país, e da enorme honra para mim em exercer este cargo, gostaria de informá-lo que resolvi abrir mão desta indicação, concentrando todo meu tempo e dedicação para o ainda maior fortalecimento do nosso Flamengo", declarou, em nota.

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Landim disse ainda já ter encaminhado a recusa ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O Ministério e a Petrobras ainda não se manifestaram sobre o comunicado do dirigente, que é ex-funcionário de carreira da Petrobras, onde trabalhou por 26 anos. Atualmente, ele cumpre o segundo mandato como presidente do Flamengo.

O ministro Bento Albuquerque divulgou uma nota sobre a desistência de Landim ao cargo. Na nota, ele disse entender as motivações da não aceitação de Landim para assumir o conselho da companhia e ressaltou as qualidades e a experiência que levaram à indicação do nome do presidente do Flamengo (veja mais abaixo a íntegra).

Landim entrou na petroleira em 1980, passando por diversos cargos e ocupando funções de gerência. Ao longo de sua carreira, se especializou engenharia de petróleo e administração de negócios. Entre 2000 e 2003 foi presidente da Gaspetro, responsável pelas participações societárias da Petrobras nas companhias de transporte e distribuição de gás natural.

Troca de comando

A indicação de Landim havia sido feita junto da decisão do governo de trocar todo o comando da Petrobras, em março. O presidente Jair Bolsonaro tem criticado a empresa por seguidos reajustes nos preços dos combustíveis. O presidente chegou a dizer que "se resolvesse", daria "murro na mesa" para obrigar a estatal a reduzir os preços.

Íntegra da nota do Ministro de Minas e Energia

"Seu conhecimento e suas qualidades profissionais, aliado a sua larga experiência no setor de petróleo e gás nos levaram a convidá-lo, no início deste ano, para contribuir com a Petrobras e consequentemente como país. Entretanto, em face das suas argumentações, entendemos, perfeitamente, as razões que o motivaram a declinar da indicação para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras.

Desejamos ao Senhor continuado sucesso à frente do Clube de Regatas do Flamengo e esperamos continuar contando com a sua colaboração nos temas de energia, dentro das suas possibilidades."

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