Os preços do petróleo Brent subiam nesta terça-feira (3) para perto de US$ 50 por barril, impulsionados pela greve de trabalhadores da Petrobras no Brasil, o 9º maior produtor global da commodity.
Segundo o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, nas primeiras 24 horas, a greve fez com que a Petrobras deixasse de produzir 500 mil barris de petróleo, sendo 450 mil na Bacia de Campos.
O petróleo Brent subia US$ 1,15, ou 2,36%, a US$ 49,94 por barril, às 14h19 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava US$ 1,25, ou 2,71%, a US$ 47,39 por barril.
Mais cedo, o Brent atingiu mínima de US$ 48,46 e o petróleo nos EUA caiu a US$ 45,96.
Os ganhos do Brent eram limitados pela notícia de que a produção russa atingiu um pico da era pós-soviética e por uma previsão ruim para a demanda chinesa.
O analista chefe de commodities da SEB, Bjarne Schieldrop, em Oslo, disse que a ausência de novas notícias negativas também reacendeu um pouco o interesse de compra.
"Há tantas pessoas com visões altistas por aí, de que o petróleo vai sair do fundo e subir e de que a produção de países de fora da Opep vai cair, que alguns estão encontrando desculpas para comprar", disse ele, referindo-se a países não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).