Manifestantes ligados ao movimento estudantil e ao Partido dos Trabalhadores (PT) fizeram um ato pró-Dilma neste sábado (19) no saguão de embarque do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. O ato começou por volta de 17h30 e reuniu cerca de 100 manifestantes, segundo passageiros que aguardavam no local. Organização e Polícia Militar não informaram estimativa de público.
Imagens feitas pela técnica de radiologia Camila Pereira e enviadas à TV Globo mostram o grupo caminhando pela área de embarque, em frente aos guichês das companhias aéreas. "Ôôô, o filho do pedreiro vai poder virar doutor", cantavam os manifestantes. "Chega de chacina, eu quero fora a PM assassina", diziam, em outro momento.
Cantos de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, como "não vai ter golpe" e "Fora, Cunha" – em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também foram ecoados pelo terminal. Em um dos vídeos, é possível ver que o grupo carrega uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT.
A autora do vídeo conta que foi ao Aeroporto JK deixar um parente e se deparou com o ato pró-governo. "Houve provocação daqui, de lá, algumas pessoas vaiaram, mas não cheguei a ver nenhuma briga", diz. As imagens foram registradas por volta das 18h.
Uma participante do evento afirmou ao G1 que o ato foi composto por membros da União da Juventude Socialista (UJS) e da Juventude do PT (JPT). As duas organizações participavam da 3ª Conferência Nacional da Juventude, evento realizado pelo governo federal entre quarta (16) e sábado (19) no estádio Mané Garrincha.
Apoio ao governo
Na quarta (16), manifestantes contrários ao impeachment fecharam quatro faixas do Eixo Monumental, em Brasília, para marchar até o Congresso Nacional em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.
A marcha começou pouco depois de a chefe do Executivo participar, dentro da arena, da Conferência Nacional da Juventude. O ato ocorreu no dia em que o Supremo Tribunal Federal definia os ritos do procedimento de impeachment no Senado, e foi convocado por entidades sindicais.
O grupo portava faixas afirmando que “não vai ter golpe” e pedindo a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O deputado federal Luis Couto (PT-PB) anunciou, de um carro de som, que "este é o momento de agir, não de falar". Segundo o parlamentar, o projeto que busca destituir a presidente do cargo "deve morrer na Câmara dos Deputados".