Por Márcio Falcão, TV Globo — Brasília


Adriana Villela chega ao Tribunal de Justiça no 5º de julgamento — Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro Rogerio Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que uma decisão sobre a prisão imediata de Adriana Villela, condenada pela crime da 113 sul, pode aguardar o julgamento do caso na Corte, marcado para fevereiro.

Adriana é filha do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela. Ele, a esposa, Maria Villela, e a emprega da família, Francisca Nascimento, foram mortos a facadas no apartamento em que moravam na 113 sul em 2009.

Adriana foi condenada, pelo tribunal do júri em 2019, a 67 anos pelos assassinatos dos pais e de Francisca, mas aguarda em liberdade o julgamento de um recurso. Na segunda instância, a pena passou para 61 anos de prisão.

Há 3 meses, os advogados que representam a família de Francisca pediram a prisão imediata de Adriana, com base em uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), de que é possível a execução imediata da pena após condenação por júri popular. O Ministério Público concordou com o pedido.

Defesa de Adriana Villela

Ao longo do processo, os advogados têm sustentado que Adriana Villela é inocente. No julgamento, afirmaram que a condenação ocorreu sem provas da participação dela. Em segunda instância, a defesa voltou a declarar que ela não cometeu crime.

No recurso ao STJ, a defesa de Adriana Villela argumentou que a condenação dela ocorreu sem a devida comprovação de autoria do delito e que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova constante no processo. Pediram, assim, a anulação do veredito do júri.

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