28/01/2014 15h30 - Atualizado em 28/01/2014 16h16

Brasil assina acordo com Cuba para desenvolver remédios contra o câncer

Parceria bilateral foi firmada durante visita oficial de Dilma Rousseff a Cuba.
No ato, Padilha se reuniu com profissionais que irão atuar no Mais Médicos.

Do G1, em Brasília

Ministro Alexandre Padilha se reúne em Cuba com profissionais que irão participar da terceira fase do programa Mais Médicos (Foto: Divulgação / Ministério da Saúde)O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reúne
em Cuba com profissionais que irão participar da
terceira fase do programa Mais Médicos
(Foto: Divulgação / Ministério da Saúde)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta segunda-feira (27) carta que estabelece parceria bilateral entre Brasil e Cuba para o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer e doenças autoimunes, segundo informou o Blog do Planalto nesta terça (28). Padilha está no país caribenho acompanhando a presidente Dilma Rousseff na 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac).

Segundo o blog, vinculado à Presidência da República, o acordo permite que empresas brasileiras e cubanas desenvolvam "conjuntamente" processos de desenvolvimento para novos medicamentos. Em nota, o governo federal informou que o texto prevê ainda a redução no custo desses medicamentos e produtos, além de "estímulo à inovação tecnológica" no Brasil. Padilha, contudo, não especificou durante a assinatura do acordo quais tipos de câncer serão tratados pelos remédios desenvolvidos por meio da parceria.

A assinatura do documento entre os ministérios da Saúde dos dois países e o Grupo das Indústrias Biotecnológica e Farmacêutica (BioCubaFarma), explicou o governo, se dá no âmbito do Comitê Gestor Binacional (CGB), criado em 2011. O colegiado é responsável por coordenar, monitorar e priorizar os projetos de desenvolvimento conjunto, desde as etapas iniciais de pesquisa até a possibilidade de produção em ambos os países.

Mais Médicos
A parceria bilateral foi firmada durante encontro do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com médicos cubanos que irão participar do terceiro ciclo do programa Mais Médicos. A nova leva de profissionais da ilha caribenha começa a desembarcar nesta terça no Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde, os 2.891 médicos que atuarão na nova fase da iniciativa federal irão cursar o módulo de acolhimento e avaliação do programa antes de serem encaminhados aos municípios da periferia de grandes cidades e do interior do país.

Remédios para testes clínicos
O Ministério da Saúde informou também a assinatura de termo de compromisso para a construção, manutenção e desenvolvimento de uma fábrica na Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel (ZEDM), em Cuba, para a produção de medicamentos.

Esse projeto, ressaltou o Executivo federal, vai utilizar capacidades tecnológicas tanto do Brasil quanto de Cuba, focando na produção de medicamentos para testes clínicos.

Segundo o ministério, Cuba contribuirá com produtos, conhecimento tecnológico, recursos humanos, condução de ensaios clínicos e certificação da instalação produtiva. Enquanto isso, uma empresa privada brasileira entrará com o desenvolvimento da infraestrutura e a construção da fábrica. A planta será utilizada para o fornecimento de produtos para uso em estudos clínicos no Brasil e em Cuba.

Em nota, o "Blog do Planalto" informou que a zona especial permitirá que empresas estrangeiras e brasileiras tenham incentivos legais, tributários e fiscais para produzir em território cubano.

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