22/12/2015 13h52 - Atualizado em 22/12/2015 13h52

Bahia retirou 351 mil pessoas do trabalho infantil em 12 anos, diz SEI

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE.
Número de crianças nesta condição passou de 647 mil para 296 mil.

Do G1 BA

Trabalho infantil aumentou em 2014, o que não acontecia desde 2005, diz o IBGE (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)Trabalho infantil diminuiu na Bahia
(Foto: Reprodução GloboNews)

A Bahia retirou cerca de 351 mil crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos do trabalho infantil entre os anos de 2002 e 2014, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-IBGE), divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) nesta terça-feira (22). O número de crianças submetidas a essa condição passou de 647 mil para 296 mil.

Em números detalhados, a SEI apontou que, na feixa de 5 a 9 anos, a queda foi de 82%, ou 31 mil crianças. Da faixa de 10 aos 13 anos, a redução foi de 68%, o que representa a saída de 114 mil crianças. Entre as idades de 14 e 15 anos, quando é possível trabalhar na condição de aprendiz, a redução foi de 41%, ou 72 mil adolescentes - desse total, 104 mil estavam ocupadas em 2014, o equivalente a 16,3% da população dessa faixa etária. Segundo o SEI, entre 16 e 17 anos, houve um contingente de 131 mil ocupados em 2014, ou seja, 23,8% da população dessa faixa etária. Em relação a 2002, a redução foi de 133 mil.

O mesmo estudo demostrou que, nas zonas urbanas do estado, a erradicação do trabalho para crianças de 5 a 9 anos está próximo. Isso porque, em 2014, 0,3% de crianças desta faixa etária em situação de trabalho. A taxa de trabalho infantil na zona rural também caiu, passando de 5,7% para 1,5% entre 2002 e 2014; de 10 aos 13 anos de idade, passou de 26% para 10,4%. Nesses casos, qualquer forma de trabalho é considerada inadequada.

Para o grupo de 14 e 15 anos, pode haver menores aprendizes ou estagiários, o mesmo o que ocorre para os de 16 e 17 anos, mas, nesse caso, também já é possível obter carteira assinada. A pesquisa mostrou que o número de crianças que só estudam passou de  76,2% para 87,3% entre 2002 e 2014, em detrimento dos grupos “trabalha e estuda”, “só trabalha” e “nem trabalha e nem estuda”.

 

 

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