A Polícia Federal (PF) conseguiu identificar no Amapá um menor de 16 anos suspeito de praticar pedofilia pela internet. A aprensão do adolescente aconteceu durante a operação 'Dark Net', deflagrada na quarta-feira (15) no estado e em mais outros 17. A apreensão do menor aconteceu em Santana, a 17 quilômetros de Macapá. A PF informou ter encontrado uma grande quantidade de arquivos com cenas de pornografia infantil armazenadas pelo menor. O caso chamou atenção do delegado Alain Santos Leão, que comandou operação no estado.
"Com o menor foi possível identificar uma grande quantidade de imagens e vídeos decorrentres da divulgação pela internet, contendo cenas de crianças e adolescentes em situação de pornografia infantil. O material foi encaminhado à perícia para complementar as investigações. Mas em uma simples verificação em locus as cenas encontradas são chocantes, e logo serão comprovadas a ação delitiva", declarou o delegado da Polícia Federal.
em operação (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Além do cumprimento do mandado de apreensão, a PF também cumpriu dois mandados de busca e apreensão, dois de condução coercitiva e mais um flagrante em delito em Macapá e Santana. A operação prendeu 51 pessoas em vários estados brasileiros. Também foram cumpridos 12 mandados em Portugal, Colômbia, México, Venezuela e Itália.
Operação
Batizada de "Dark Net", a operação ocorre nos estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. A ação ocorre simultaneamente em 44 unidades da PF e conta com cerca de 500 agentes.
Ao todo, são cumpridos 93 mandados de busca, de prisão e de condução coercitiva no país. As investigações iniciaram há um ano através do rastreamento de pornografia infantial na deep web, área restrita para internautas e o conteúdo veiculado não aparece em sites de buscas. Dezenas de computadores, celulares e discos rígidos foram apreendidos pela polícia e serão analisados.
Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas desenvolvidas, os policias federais conseguiram quebrar esse paradigma e identificar mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil. Segundo a PF, apenas as polícias norte-americana e inglesa, FBI e Scotland Yard, haviam realizado este tipo de trabalho.
O objetivo com as buscas é confirmar a identidade dos suspeitos e buscar elementos que comprovem os crimes de armazenamento e divulgação de imagens, além de abuso sexual de crianças e adolescentes.