Um funcionário público aposentado de 62 anos foi preso em Manaus por suspeitas de ter assassinado a própria esposa em Manaus. O húngaro Elek Bkiss, de 62 anos, teria cometido o crime após receber uma mensagem de WhatsApp sobre uma suposta traição da mulher. Maria Edineuma Bernardo Lopes, 38 anos, que é brasileira, foi atingida com dois tiros na cabeça enquanto dormia, na madrugada deste domingo (27). A polícia diz que o estrangeiro confessou o crime.
O caso ocorreu pouco depois da meia-noite, na residência do casal, situada na Rua 214, Conjunto Cidadão V, bairro Nova Cidade, Zona Norte. Elek contou à Polícia Civil que estava em casa quando recebeu uma mensagem de texto e uma foto relatando que ele estava sendo traído.
"A relação do casal ficou conturbada depois da mensagem recebida há um mês. Ele disse que ontem [sábado, 26], a esposa não queria dormir com ele. Os dois brigaram e ele resolver assassiná-la. O aposentado disse que aguardou a mulher dormir e pegou um revólver calibre 38. Elek relatou que foi ao quarto e atirou duas vezes na cabeça da esposa", informou o delegado plantonista do 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Guilherme Antoniazzi.
A auxiliar de serviços gerais Maria Lopes morreu no local. Elek Bkiss foi preso pela PM logo em seguida. Após ser detido, o aposentado relatou à polícia que pretendia cometer suicídio, mas foi impedido pelos familiares da vítima.
No momento do crime, seis pessoas estavam na casa. O filho do casal, de 11 anos, estaria dormindo ao lado da mãe quando ela foi assassinada. Outros filhos de Maria também estavam na residência. "Ela estava dormindo com o filho de 11 anos abraçado na cama quando ele atirou nela", relatou uma vizinha, que prefere não ser identificada.
Os familiares da vítima não quiseram falar sobre o caso. O casal estava junto há 12 anos. Elek Bkiss é natural de Budapeste, capital da Hungria.
O advogado Michael Harraquiam, que representa o húngaro, alegou que o suspeito faz uso de medicamentos controlados para tratamento de problemas psíquicos e que ele ficou descontrolado ao descobrir a suposta traição.
"Ele atirou na esposa. Infelizmente, ele toma remédios controlados há muito tempo para problemas psíquicos. Ele recebeu um comunicado e foto via WhatsApp da mulher traindo ele. Ele relata que, na imagem, aparecia a esposa e o suposto amante. Com a foto, ele se revoltou e cometeu o crime", comentou a defesa.
A arma utilizada no assassinato não foi encontrada pela polícia no local do crime. A previsão da Polícia Civil é que o húngaro seja encaminhado, ainda neste domingo, à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro da capital.